Porque não estou no Whatsapp

Como noutras áreas da minha vida, tento manter uma relação consciente com a tecnologia.

Vida privada

Acredito que a informação que está no meu telemóvel deve ser partilhada apenas com quem eu o decidir. Empresas como a do WhatsApp e a Google violaram este simples princípio sistematicamente, pelo que estão excluídas.

Proteger as redes

Ao não usar aplicações como o Whatsapp evito cooperar no seu mapeamento das redes entre as pessoas. Isso implica não partilhar a minha lista de contactos. Se bem que é uma gota no oceano, na minha rede há quem não queira ser mapeado, ou ver os seus dados pessoais açambarcados, e quero respeitar isso.

Sem garantias

Apesar de todo o marketing, o Whatsapp e afins vivem do poder que lhes é dado pela informação que recolhem. Qualquer promessa de privacidade deve ser vista com desconfiança, pelo longo histórico de abusos, e pela impossibilidade de verificar como funciona o software.

Demasiado poder

A tecnologia não é politicamente agnóstica. Estas aplicações recolhem informação que é desnecessária ao seu funcionamento e da qual deriva um imenso poder, abusado já por governos repressivos ou mesmo genocidas.

Nuvens de fumo

À recolha massiva de dados corresponde um tratamento para a sua análise e compreensão. Isto tem implicado um consumo crescente de energia e água para arrefecimento das mega fábricas da informação, já comparável à indústria de aviação.

Há alternativas

Comunidade crescente de programadores, curiosos e utilizadores tem desenvolvido uma variedade de ferramentas que permitem um nível muito maior de privacidade e independência, à medida que a consciência cresce sobre este tema.